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Principais erros cometidos na adopção do primeiro gato

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Eu sei, somos irresistíveis, principalmente quando somos pequeninos e fofinhos… Mas, atenção, o facto de sermos super-giros não é razão suficiente para nos adoptar (que pena!), até porque levar um gato para casa requer tempo, um compromisso a longo prazo e alguma disponibilidade financeira. Para não tornar a adopção da sua primeira bola de pêlo num pesadelo, preste atenção!

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Adoptar impulsivamente!

Não adquira um gato porque hoje acordou e lembrou-se que seria giro ter um felino lá em casa para lhe fazer companhia. A intenção pode até ser boa, mas quando as tarefas diárias se instalarem não me pode devolver com o fez com aquele casaco que afinal não era tão bonito assim. Há que namorar a ideia e até o gato… não é isso que faz com qualquer aquisição importante? Pesquise o assunto, fale com amigos e familiares para ter uma ideia real sobre aquilo no que se vai meter! Não se esqueça que podemos viver muitos e longos anos. Está realmente preparado para assumir esse compromisso e todas as responsabilidades inerentes? Se me adoptar num impulso, provavelmente fê-lo porque não pesquisou, nem pensou o suficiente, o que implica que vai ter de aprender muito em pouco tempo. E esse é um cenário que pode dar certo, mas que também pode dar para o torto… e depois? Vai mandar-me embora sem mais nem menos? Meow…

Levar o primeiro que derreta o seu coração!

O gatinho mais bonito ou mais pequenino nem sempre será o melhor companheiro para a próxima década! Existem alguns truques para “descobrir” o felino mais sociável: se quando pegar nele ao colo ele tentar fugir de imediato, tente fazer festinhas a outro, de preferência um que não se importe de estar nos seus braços! Pode ainda tentar uma simples brincadeira com uma pequena bola para ver se o gato vai atrás dela pronto para a brincadeira! Acho que não vai querer levar para casa uma bola de pêlo que é apenas isso mesmo e que fica a olhar para “ontem que já passou”! Se não quiser um gatinho com tanta energia, os gatos adultos são sempre uma

boa opção, afinal de contas são mais maduros e têm mais experiência com os humanos! No entanto, mesmo com os mais velhos, faça o teste do colo… qual o interesse em ter um felino que não se sinta bem nos seus braços? É a melhor coisa do mundo…


Separação precoce!

Se optar por um gatinho, o melhor é não separar-me da minha mãe antes do tempo, ou seja, até eu estar desmamado. Se o fizer, vai ter maiores dificuldades em educar-me… depois não diga que não avisei!

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Não estar preparado para abrir os cordões à bolsa!

Para começar, e estamos a falar desde o minuto em que passo a ser seu, vou precisar de: uma caixa de transporte, um cesto para dormir, a minha liteira (privada de preferência!), o meu próprio comedouro e bebedouro, alimentação de qualidade e adequada à minha idade. (Não sei cozinhar, mas gostava de saber como é que o Garfield desenrascava aquelas lasanhas…). Não se esqueça do pente, do corta unhas e dos brinquedos! As necessidades básicas de qualquer ser vivo também se aplicam no nosso universo!

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Tratar-me como um humano!

Sou um gato, um felino, uma bola de pêlo mas tenho necessidades muito específicas! Isto quer dizer que tem de evitar utilizar comigo, ou em qualquer parte do meu corpo, coisas como corta unhas, pentes, champôs, sabonetes, comidas e outros artigos destinados exclusivamente aos humanos. Deixe-me viver como um gato!

Descuidar-se com os cuidados felinos!

As responsabilidades associadas a ter um gato em casa são várias e quase todas relacionadas com a minha higiene e saúde, ou seja, de extrema importância! À alimentação equilibrada junta-se o banho com alguma moderação, olhos e orelhas limpas, unhas cortadas, dentes saudáveis e pêlo brilhante. Ah, a melhor parte: uma liteira asseada e sem odores. Vai dar algum trabalho mas, em compensação, vou ser o maior “gato” ou “gata” do bairro.

Não ter uma casa à prova de gato!

A curiosidade matou o gato e por algum motivo foi. Eis algumas dicas para evitar acidentes e lágrimas desnecessárias: tape as tomadas de electricidade, esconda os fios eléctricos, mantenha bem guardados os medicamentos, sacos plásticos, objectos pequenos (elásticos, agulhas, etc.), produtos de limpeza, pesticidas, herbicidas e raticidas. Assegure que as tampas das sanitas e dos caixotes do lixo estejam sempre fechadas. Tenha cuidado com os pequenos electrodomésticos aos quais conseguimos chegar com um simples pulo: torradeiras, sanduicheiras, ferros e máquinas de café, entre outros.

Deixar-me à solta!

Há que deixar-me viver a minha vida (neste caso as sete!) e desfrutar da beleza (e da preguiça!) que é ser um gato, no entanto, isso não implica deixar-me com livre acesso às varandas e/ou ao exterior da casa. O mundo lá fora nem sempre é agradável para os animais de quatro patas: os carros podem ser assustadores, as pessoas podem não ser tão carinhosas como o meu dono e os outros animais podem meter-se comigo ou contagiar-me com alguma doença. Hoje em dia, todos os cuidados são poucos! Se a minha rédea for demasiada curta, não tarda nada estou mais selvagem do que o Indiana Jones e, sinceramente, fiquei com a impressão que queria um gato, não um leão…

Magoar-me!

Atenção! Nós gatos exigimos ser tratados com o devido respeito e não como um brinquedo ou peluche qualquer. Deve evitar atitudes como pegar em mim pela cabeça, puxar-me pela cauda ou pelas patas dianteiras. Não me acorde quando eu estiver a dormir profundamente porque são durante essas longas sestas que eu desenvolvo e cresço. Se me bater ou gritar comigo quando me portar mal (o que acontece muito, muito de vez em quando!), as coisas podem correr ainda piores. Sei que os humanos conhecem bem a expressão “virar o feitiço contra o feiticeiro” e, em qualquer uma destas situações aqui citadas, o gato pode virar-se contra o dono, o que não seria nada agradável para nenhum de nós. Está tudo explicado não está?

Achar que o Dr. Veterinário é um gasto desnecessário!

Todos sabem que nós felinos somos fortes e saudáveis, mas isso não quer dizer que não precisamos de ir visitar o Dr. Veterinário de vez em quando! Ele conhece-nos por dentro e por fora e deve acompanhar-nos desde as primeiras vacinas (uma vacina mensalmente entre os dois e os seis meses de idade); passando depois para a vacina anual contra várias doenças; e ainda a vacina contra a leucemia felina que devemos levar de três em três anos. Não se esqueça de pedir a análise de controle de parasitas regularmente. Ah, e se não quiser mais gatinhos à sua porta todos os anos, considere a castração, que deve ser feita até aos seis meses de idade. O meu dono marca consultas de rotina e faz exames médicos anuais e a verdade é que eu também preciso. Os cuidados de saúde são indispensáveis para que eu possa viver uma longa e boa vida, por isso, se não estiver disposto ou não puder gastar algum dinheiro numa clínica veterinária, o melhor é não adoptar um gato (pelo menos para já!).

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Não ter tempo para mim!

Somos bichos solitários, mas no fundo não queremos viver assim! Contamos com o seu tempo e paciência diárias (se calhar mais do que uma vez por dia!) para nos dar algumas carícias e, claro, muitas sessões de brincadeira. Eu sei que vão haver dias em que chega a casa muito cansado, triste ou até zangado, mas garanto-lhe que comigo no seu colo durante cinco minutos, todo esse stress vai desaparecer! Por favor, não se esqueça de mim!

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