Ministrar remédios aos pets não é tarefa fácil. Por isso,  elencamos dicas para te ajudar
Se é verdade que há certos mitos 
envolvendo o comportamento de cães e gatos,  há também 
algumas percepções impossíveis de contestar. Dar remédios para os  pets,
 por exemplo, nunca é tarefa simples para donos pouco  experientes.
São raros os bichos de estimação que tomam remédio de boa  vontade. 
Cães acham ruim o gosto ou mesmo a sensação de algo estranho descendo  
pela garganta.Gatos, por sua vez, são desconfiados: com sua mania de checar tudo antes de consumir, remédios para eles é tido como possível ameaça à saúde. Por mais que, na prática, sejam exatamente o contrário.
Pensando nisso, consultamos a veterinária clínica e terapeuta Rúbia Burnier (UNIFENAS-MG), que atua há mais de 20 anos na área de comportamento animal, para colher algumas dicas úteis e práticas.
Segundo ela, hoje é mais fácil ministrar remédios aos pets em casa do que há  alguns anos.
- Atualmente, já existem diversos 
medicamentos no mercado em forma de pasta  ou mesmo com gosto, para 
ajudar nesta nem sempre descomplicada missão. O mercado  está se 
aprimorando nesse sentido, o que é ótimo para todo o mundo.
Para cada tipo de remédio, há um jeito especial de se ministrar o  medicamento, explica a profisional.
Medicamentos líquidos ou xaropes em geral: A
 dica é prestar atenção à dose ideal para a variação de peso do animal. O
  remédio deve ser dado com o uso de seringa, sempre posicionada na 
curva interna  da boca, entre o maxilar superior e o inferior. Não vá 
com pressa. Acalme o  animal, vá conversando com ele e, de forma 
ligeira, puxe o lábio, apoie o bico  da seringa, mostre um petisco e o 
faça entender que esta é a recompensa.  Pressione a seringa com cuidado,
 para que o remédio não vá para a laringe. É  muito importante dar o 
remédio evitando ao máximo reações físicas, pois o pet  corre o risco de
 machucar o pescoço ao tentar escapar.
Medicamentos sólidos por via oral: No
 caso dos comprimidos, cápsulas ou drágeas, o ideal é selecionar um  
alimento que o pet gosta muito. Podem ser frutas, como a banana, ou 
petiscos  molinhos, a exemplo do polenguinho. Quebre o alimento em três 
pedaços. Você  precisa dar o remédio em três fases. O primeiro pedaço é 
puro, o segundo,  escondido dentro do alimento, e, o terceiro, também 
sem nada. Para colocar o  remédio direto na garganta, o procedimento é 
posicionar o animal de costas entre  as suas pernas. Com o bichano de 
costas, levante a cabeça e introduza na  garganta até ele engolir. 
Quando o animal não encara o dono, é menos provável  que fique 
estabanado ou agressivo.
Remédios em pasta: Especialmente
 no caso dos gatos, o veículo mais indicado de remédio é a  modalidade 
em pasta, cada vez mais popular no mercado. Como os gatos são  
desconfiados, os remédios em pasta dão uma tapeada neles, já que os 
felinos têm  mania de checar tudo, ao contrários dos cães, que são mais 
incautos. Você passa  na pata e o animal instintivamente lambe, sem que 
você precise negociar com ele.  Há também as pastas tópicas, para passar
 nas costas.
Medicamentos tópicos: Medicamentos
 tópicos são invariavelmente receitados pelos veterinários. No  caso 
dessa modalidade, dos remédios absorvidos pela pele, dê prerência aos 
que  vêm em spray ao invés das pomadas (não confundir com os remédios em
 pasta). Isto  porque as pomadas são lambidas pelos animais e não se 
fixam bem. Além de  atrapalhar o tratamento, isso causa irritação na 
pele. Outro problema das  pomadas é que o remédio acumulado entre os 
dedos, no caso de ser aplicado nas  patas, promove humidade com 
possibilidade de criação de fungos. Para os  tratamentos simples, o 
único toque na hora de usar os sprays é não aplicar em  contato direto 
com o corpo, o melhor é aplicar no algodão e espalhar. Depois de  passar
 o remédio, é prudente brincar ou passear com o cachorro, o que ajuda o 
 medicamento a agir. Mesmo o spray sendo uma opção que se fixa bem à 
pele, é bom  não esquecer de recompensar o amigão depois.
Medicamentos para o ouvido: Esse
 é um dos tipos de remédio mais complicados, pois os animais têm a  
sensação de desequilíbrio com os medimamentos líquidos para o ouvido. 
Depois da  primeira aplicação, é difícil o pet deixar fazer a segunda. 
Nesse caso, também  não tem muita negociação. O jeito é colocar o cão 
sobre uma mesa e fazer a  aplicação usando focinheira. Há, porém, alguns
 medicamentos já disponíveis em  gel, que são melhores, porque evitam 
justamente a sensação de desconforto que  tanto assusta os bichos. Seja 
qual for a escolha, a sugestão é segurar as  orelhas com firmeza, mas 
sem apertar, e levantar para pingar a dosagem. Depois,  abaixe a orelha 
com gentileza e esfregue a cartilagem na base da orelha. Assim,  o 
medicamento flui pelo canal auditivo.
Fonte: Bichos – R7
 

 
 


 
 

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